Há cada vez mais pessoas que decidem trabalhar a recibos verdes em Portugal. E, de facto, há muitas vantagens neste modelo de trabalho independente.

Entretanto, há também certos pontos negativos que devem ser considerados por quem opta por trabalhar neste registo.

Continue a leitura e conheça as vantagens e desvantagens de trabalhar a recibos verdes, para que possa analisar e decidir se este é o melhor modelo de trabalho para si.

Pretende trabalhar a recibos verdes? Então fique atento a estes prós e contras

A cada ano que passa, Portugal regista mais trabalhadores independentes, que seguem este caminho por opção própria. Ou, por outro lado, por não conseguirem um trabalho por conta de outrem.

Estes trabalhadores são popularmente conhecidos como recibos verdes, numa referência à cor dos recibos emitidos.

Para trabalhar a recibos verdes, é preciso ter um NIF e viver legalmente em Portugal, além de abrir atividade junto às Finanças.

As principais características que definem um trabalhador a recibos verdes são:

• Possui liberdade de horários e de escolha da forma de trabalho;
• Pode subcontratar a prestação dos seus serviços;
• A sua atividade não se encontra na cadeia hierárquica da empresa;
• A sua atividade é sazonal, não se enquadrando como profissional contratado dentro da empresa.

Sabendo isto, fique a conhecer a partir de agora as principais vantagens e desvantagens de se tornar um trabalhador independente.

1 – Vantagens

Entre os pontos positivos de se trabalhar a recibos verdes, podemos destacar:

Autonomia no exercício da profissão

Um trabalhador independente possui total autonomia no exercício da sua profissão. Isto porque não há uma relação de subordinação para com a empresa que contrata os seus serviços.

Para muitos profissionais, esta liberdade é o que há de mais atraente neste modelo de trabalho, uma vez que não precisam de se sujeitar a ordens ou hierarquias na vida profissional.

Flexibilidade de horários 

Poder escolher o melhor horário de trabalho para si é, igualmente, outro benefício que atrai muitos trabalhadores para o modelo independente.

Para quem prefere uma rotina mais dinâmica, esta flexibilidade é muito vantajosa.

Escolha do local de trabalho

Trabalhar a partir de casa, ou de qualquer outro local, também é uma realidade para parte das pessoas que trabalham a recibos verdes, visto que não precisam de estar presentes na empresa, para prestar os seus serviços.

Portanto, seja dentro ou fora do país, é possível trabalhar e receber o seu ordenado normalmente.

Trabalhar para várias entidades

Os trabalhadores a recibos verdes também não precisam de prestar os seus serviços apenas numa empresa. Isto significa que podem fazê-lo para várias ao mesmo tempo.

Esta diversificação resulta numa maior lucratividade para o trabalhador.

2 – Desvantagens

Além dos pontos positivos, é importante conhecer os aspetos menos vantajosos de trabalhar a recibos verdes.

“Falsos” recibos verdes

Infelizmente, há muitas empresas que contratam os trabalhadores a recibos verdes, mas exigem que os mesmos cumpram um certo horário de trabalho e que estejam presentes no local.

Este tipo de exigências configura o que se chama de “falsos” recibos verdes, uma vez que o trabalhador independente não deveria ter este tipo de obrigações.

Não tem um ordenado fixo

Como não há um contrato de trabalho, o profissional independente acaba por nem sempre saber ao certo quanto irá receber no final do mês.

Afinal, os serviços podem surgir de forma esporádica, em maior ou menor volume.

Menos estabilidade

A verdade é que ter um contrato de trabalho por conta de outrem pode garantir mais estabilidade na profissão.

Inclusive, este é um dos fatores que pode influenciar na aprovação de um empréstimo no banco, por exemplo.

Não têm direito a alguns subsídios

Os trabalhadores a recibos verdes não têm direito a alguns subsídios, tais como de férias e de Natal, contrariamente aos trabalhadores por conta de outrem.  

Neste sentido, antes de abrir atividade nas Finanças e de optar pelo modelo de trabalho independente, é importante ponderar todos estes fatores.

Avalie os aspetos mais importantes para a sua realidade, e decida se deve ou não trabalhar a recibos verdes.